He passat una setmaneta traquil·la, afaenat amb els nostres diputats parladors —sentint com Maluenda rajava més del compte sobre els contractes secrets amb Julio Iglesias, ei!— i tenint un diàleg interlingüístic ben agradable amb el blogaire Sérgio de Machadada, que m'ha fet una petita descripció de l'estat de les llengües del Brasil que reproduïxc (els errors que hi puga haver són meus, per no saber-ho corregir):
Quanto a diversidade lingüística do nosso território nacional, é uma questão muito relativa, visto que mais de 99% são de língua-mãe portuguesa. O porcento restante inclui sim muita coisa, como por exemplo, as centenas de línguas indígenas divididas em três troncos (se não me falha a memória), faladas esparsamente pelo território todo.
No Sul e Sudeste, regiões mais industrializadas e muito urbanizadas, essas línguas estão em vias de extinção; estão elas fora das áreas urbanas e enquistadas por aldeolas pequeninas. A maior variedade e diversidade está na Região Norte (composta pelos estados do Amapá, Amazonas, Tocantins, Pará, Acre, Rondônia e Roraima), principalmente os grupos mais isolados pela Floresta Amazônica e com pouco contacto com o homem branco.
Há a questão do tupi-guarani, que tal como o conhecemos hoje, era a chamada língua franca, muito usada e difundida na época da Colônia, e proibida pelo Marquês de Pombal (político português) no final do século XVIII. Há muitos povos indígenas que usam esse tupi, mas que não é sua língua original, perdida no tempo e no descaso, ainda pelo detalhe de uma porcentagem mínima de todas essas línguas indígenas estarem com uma gramática compilada, visto que eram todas ágrafas.
Há aïnda os curiosos enclaves (prodígios lingüísticos da imigração) que se formaram pela vinda de muitos imigrantes europeus. Em Pomerode (estado de Santa Catarina, região Sul) a população mais antiga ainda conserva o pomerano, língua germânica que nem mais é falada na Europa, tanto que recentemente passou na Televisão Cultura (o canal de televisão público de São Paulo) um documentário onde especialistas da Universidade Livre de Berlim vieram estudar o pomerano cá. Em Serafina Correa (estado do Rio Grande do Sul) há uma população de origem vêneta (italiana) onde aïnda pode-se sentir o vêneto tal como era no começo do século.
Mesmo o português, a variedade dos acentos e vocabulários é grande. O sotaque lusitano não tem representação no Brasil; em São Paulo (onde nasci e moro) há forte influência italiana na entonação e parcialmente em vocabulário, isso porque, em 1920, 80% da população da cidade era italiana, evidentemente que a cidade cresceu muito e hoje essa população é pouca e na maioria idosa, mas há uma estimativa do Consulado-Geral Italiano em São Paulo que cerca de 5 milhões de pessoas na área urbana sejam oriundi, ou seja, descendentes de italianos.
Nós falamos mais rápido que os cariocas (habitantes do Rio de Janeiro, que é o acento brasileiro mais conhecido no exterior), não temos chiantes terminais, como fazem os cariocas no final das palavras em plural, o nosso -s final é como o do catalão, temos algumas vogais abertas em algumas palavras que no resto do païs se fazem fechadas como em homem, Antônio; e (aí sim em todo o território) redução de o final em u (se átono) e de e em i. Oriundos de colônias germânicas, abundantes no interior dos Estados Sulinos (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) têm a tendência de não reduzi-los.
Per a acabar la setmana, però, el refresquet del segon esborrany d'RLT de les Corts, on no tan sols no han fet quasi cas de res del que vam dir del primer esborrany, sinó que fins i tot fan saltar els transcriptors correctors de l'administració especial, on ens havien situat ben correctament i inesperadament, a la general, on no tenim res que ens hi associe. El debat serà ardu, doncs, més del que ens pensàvem, si tenim en compte que totes estes disquisicions estan molt lluny dels interessos de molts funcionaris —amb comandament en plaça o quasi, com l'última discussió que vaig tindre amb un cap de coses diverses— que aspiren a augmentar el seu poder amb la manipulació i el menyspreu professional dels altres. Com cita Soledad Gallego-Díaz (El País, 21.10.2005 dv.):
[E]ls únics que pareixen immunes al decaïment de l'ànim són els que un periodista nord-americà denominava «fanàtics del conservadorisme». Per a ells no hi ha desconcert ni periodes baixos. La seua gran ocasió sempre és el desànim dels altres. Llavors extrauen forces del seu fanatisme per a «acostar les flames on només calia llum», com els retreia Víctor Hugo.
Una reinterpretació del mite de l'estupidesa que mai no descansa. I tant que ho fa!, sobre els nostres caps.
Achei um dado sobre uma cidade do Amazonas que adotou línguas oficiais, talvez você se interesse.
ResponEliminaNaturalment, Sérgio, la informació és molt interessant: «Un trinco no monolingüismo monolítico».
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